Fazenda de Areias

Fazenda Morada do Sol, um dos primeiros locais de realização dos encontros que resultariam no que é hoje a Canção Nova

Com o início dos encontros de Experiência de Oração no Espírito Santo, em meados de 1974, no município de Lorena (SP), Monsenhor Jonas Abib sentiu a necessidade de um local com capacidade apropriada para o número cada vez mais crescente de jovens que queriam encontrar Jesus. Até então, eram utilizados a própria Faculdade Salesiana ou o prédio do Instituto de Filosofia para as reuniões.

Fazenda Morada do Sol, um dos primeiros locais de realização dos encontros que resultariam no que é hoje a Canção Nova

Fazenda Morada do Sol, um dos primeiros locais de realização dos encontros que resultariam no que é hoje a Canção Nova

Foi Luzia Santiago [que nessa época já acompanhava monsenhor Jonas nas missões], que sugeriu a Fazenda Morada do Sol, localizada em Areias, interior paulista, para abrigar esses encontros. Dessa forma, teve origem a estrutura que formaria a Comunidade Canção Nova mais tarde.

“Luzia me falou a respeito de uma casa de fazenda em Areais; disse-me que era um local muito grande, propriedade de um parente dela; o qual talvez nos fosse cedido para os encontros. Para mim, parecia uma coisa impossível. Sendo uma casa tão grande, pensei que o dono não iria cedê-la para nós”, lembra monsenhor Jonas, contanto que no início não levou a sério a proposta da amiga.

Era a base de luz de lampião que Monsenhor Jonas Abib e seus missionários realizavam encontros de oração no Espiríto Santo

Mal sabia esse homem de Deus que o Senhor já lhe havia reservado aquela casa. A fazenda

Era a base de luz de lampião que padre Jonas Abib e seus missionários realizavam encontros de oração no Espiríto Santo

Era a base de luz de lampião que padre Jonas Abib e seus missionários realizavam encontros de oração no Espiríto Santo

lhes foi cedida gratuitamente e, no dia 30 de outubro de 1974, nasce a “Associação Canção Nova”, representada por Osvaldo Coelho Nunes, que na época era o presidente dessa entidade. Com capacidade para cerca de 80 pessoas, todos os finais de semana o local ficava lotado. No entanto, tudo com muita dificuldade: a água não era suficiente, o acesso, por vezes, difícil e a energia elétrica vinha de um gerador que nem sempre funcionava. Muitas vezes, tudo era realizado com a ajuda de um lampião a gás.

Em uma sala grande – na qual cabiam todos os jovens, além dos dirigentes, pregadores e a mesa para fazer as palestras – é que se concentrava todo o encontro. Como não era possível construir uma capela por falta de recursos, foi improvisada uma numa espécie de garagem que havia do lado de fora. Assim, nasce o primeiro altar da Canção Nova: rodeado de toras de madeira e forrado com capim.

“Era tudo em extrema simplicidade, parecido com um presépio. Durante muito tempo, aquele era o local das galinhas botarem ovos. Quando chegavam os ‘invasores’, nos finais de semana, e tomavam conta da capela, as galinhas ficavam atrapalhadas”, conta o diácono Nelsinho Corrêa, que conheceu Padre Jonas em 1975 num encontro nessa fazenda [Morada do Sol].

Era neste local, junto com as galinhas e as vacas, que padre Jonas celebrava as Santas Missas

Era neste local, junto com as galinhas e as vacas, que padre Jonas celebrava as Santas Missas

Durante dois anos, os primeiros passos do que viria a ser uma das maiores comunidades católicas do mundo foram dados nesse lugar. E o Senhor já reservara novas surpresas para os jovens e ousados missionários. Os sinais começaram a aparecer em 1976, ano em que aconteceram sucessivas chuvas durante todos os finais de semana.

Era neste local, junto com as galinhas e as vacas, que Monsenhor Jonas celebrava as Santas Missas

“Era uma luta imensa, pois, com tanta chuva, todos os carros tinham de ir para a fazenda; e como também passavam tratores, carros de boi, caminhões de leite e tantos outros veículos pesados, a estrada foi ficando cada vez pior. A partir de agosto daquele ano, os carros já não chegavam mais até a fazenda”, explica o diácono.

Foi então que no final daquele ano, numa sexta-feira, chegaram Eto, Haroldo e Lena (jovens que participavam dos eventos juntamente com padre Jonas) propondo a construção de uma Casa de Encontros em Queluz, cidade vizinha. A Divina Providência mais uma vez agia fiel e poderosamente e, quando menos se esperava, um terreno foi doado e as obras começaram.