A Palavra na minha vida

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*Por Jonathan Vinícius

Quando tive o meu encontro pessoal com Jesus foi exatamente através de um episódio do Evangelho de Mateus 4,18-22. Naquela ocasião, eu me encontrava no lugar da pessoa de Pedro. E Jesus dizia-me: “Segue-me e Eu farei de você pescador de homens”. A voz Dele, o Seu chamado, ecoava dentro de mim, sentia-me seduzido, atraído a seguí-Lo. Naquele dia, com Seu olhar e sua voz, Ele tinha lançado as redes sobre mim.

Desde então, tenho percebido que a minha vida tem sido acompanhada por momentos fortes com a Palavra. Não foi somente quando me chamou mas, constantemente, Ele me fala através dela. Percebo que, em momentos determinantes da minha história, sou visitado dessa forma. Funciona como uma bússola, em momentos e dias difíceis em que preciso ser orientado e direcionado, é na Palavra que escuto a voz de Deus, de forma muito concreta, e ela me aponta Sua vontade. Mas, também nas horas alegres da vida, o meu louvor brota da Sagrada Escritura. Leio os salmos, trechos que digam daquilo que estou vivendo. Este sempre foi um alimento sólido que me deu força e ânimo para estar dentro da vontade de Deus.

Assim que iniciei meu processo de conversão a Deus, passei a buscar uma vida de santidade. Eu tinha muita sede de Deus, por isso, no percurso da minha casa para o meu trabalho, eu aproveitava que tinha que pegar metrô para chegar até o local e, ali, eu lia histórias da bíblia como as parábolas dos Evangelhos, a história de Davi, Jó, o livro de Eclesiastes, Eclesiástico e outros. Era eu e Deus dentro de um metrô lotado. Não me distraía. Estava, totalmente, voltado a conhecer mais a respeito de Deus. Verdadeiramente, era uma conversa em que Ele falava ao meu coração e eu me empenhava em buscar mais do que, só Ele, poderia me dar.

A Palavra é o próprio Deus que fala de Si para aqueles a quem ama. E porque Ele ama, dá-se a conhecer a nós, que somos alvos desse amor.

Entendi, com o tempo, que embora eu tenha sido chamado assim como Pedro foi, quando ele caminhava no mar da Galiléia, sou também como os discípulos de Emaús que queriam abandonar Jerusalém, que se esqueceram das promessas de Deus e, por não entenderem muito bem o que Cristo tinha dito, pegaram um caminho contrário. Entraram numa estrada de lamentações, decepções, frustrações e desilusões.

É em meio às minhas incompreensões diante das situações da vida, que Cristo-Palavra vem ao meu encontro e começa a falar. Levanta questionamentos que me desinstalam e, por fim, explica trecho por trecho da Sagrada Escritura. Me coloca no prumo da vontade do Pai, abrasa meu coração e devolve-me o ânimo.

Quando me dou conta da força de Sua Palavra que arde em meu peito, sinto-me encorajado a voltar para a minha “Jerusalém”, a voltar para o centro da vontade do Pai. A Palavra é uma Pessoa, tem nome, Jesus Cristo. É por isso que  ela tem tanto efeito em minha vida. Ela tem a capacidade de, da morte, me trazer à vida e no meu “faça-se”, criar tudo a partir do meu nada.